Eu me casei em 2006, na época estava acabando a faculdade e
estava desempregada. Dois meses depois do casamento, engravidei. Durante a
gravidez, eu dizia que iria trabalhar depois que meu bebê completasse 6 meses.
Mal sabia eu que tudo, absolutamente tudo muda quando o bebê nasce e que
deixá-lo com alguém ou numa escolinha não é tão fácil quanto parece... pelo
menos pra mim não.
Conversei com meu marido e decidimos que eu iria ficar em
casa com ele, e foi a melhor decisão que nós poderíamos ter tomado. Foi muito
gratificante poder acompanhar cada momento e fase da vida do meu filho.
Educá-lo dentro dos parâmetros e princípios que eu acho correto não tem preço.
Pude registrar tudo, presenciar tudo, fotografar tudo... ver o primeiro passo,
a primeira palavra, alimentar da forma e no horário corretos, acalentar nos
meus braços quando ele se machucava, abraçar e sorrir junto quando ele estava
feliz, vibrar junto com as novas descobertas...
Vivemos numa época em que o contato mãe/bebê muitas vezes é
substituído por babás, babás
eletrônicas, escolinhas. Será que o grande aumento da violência nas últimas
décadas nada tem a ver com a falta da mãe como pessoa primordial no aspecto
emocional?
Estou até hoje em casa (meu filho mais velho está com 6
anos), e este ano a minha filha mais nova nasceu. Esta semana completa 4 meses, e novamente escolhi estar em casa e
acompanhar todos os processos da vida dela até que esteja pronta para ir à
escola.
Mesmo não tendo absolutamente nenhum reconhecimento, às
vezes nem mesmo da família (sim, muita gente pensa que ficamos em casa sem
fazer nada, e que não passamos de mães acomodadas). Já ouvi muitas indiretas,
mas eu sei que estou fazendo e dando o melhor para meus filhos, então vale a
pena qualquer indisposição sobre o assunto.
Acordar todos os dias e ver o sorriso no rostinho dos dois,
é todo reconhecimento que eu preciso!
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