Culpa, Não! Depoimento para a Revista Pais & Filhos

quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Eu me casei em 2006, na época estava acabando a faculdade e estava desempregada. Dois meses depois do casamento, engravidei. Durante a gravidez, eu dizia que iria trabalhar depois que meu bebê completasse 6 meses. Mal sabia eu que tudo, absolutamente tudo muda quando o bebê nasce e que deixá-lo com alguém ou numa escolinha não é tão fácil quanto parece... pelo menos pra mim não.

Conversei com meu marido e decidimos que eu iria ficar em casa com ele, e foi a melhor decisão que nós poderíamos ter tomado. Foi muito gratificante poder acompanhar cada momento e fase da vida do meu filho. Educá-lo dentro dos parâmetros e princípios que eu acho correto não tem preço. Pude registrar tudo, presenciar tudo, fotografar tudo... ver o primeiro passo, a primeira palavra, alimentar da forma e no horário corretos, acalentar nos meus braços quando ele se machucava, abraçar e sorrir junto quando ele estava feliz, vibrar junto com as novas descobertas...

Vivemos numa época em que o contato mãe/bebê muitas vezes é substituído por babás,  babás eletrônicas, escolinhas. Será que o grande aumento da violência nas últimas décadas nada tem a ver com a falta da mãe como pessoa primordial no aspecto emocional?

Estou até hoje em casa (meu filho mais velho está com 6 anos), e este ano a minha filha mais nova nasceu. Esta semana completa  4 meses, e novamente escolhi estar em casa e acompanhar todos os processos da vida dela até que esteja pronta para ir à escola.

Mesmo não tendo absolutamente nenhum reconhecimento, às vezes nem mesmo da família (sim, muita gente pensa que ficamos em casa sem fazer nada, e que não passamos de mães acomodadas). Já ouvi muitas indiretas, mas eu sei que estou fazendo e dando o melhor para meus filhos, então vale a pena qualquer indisposição sobre o assunto.

Acordar todos os dias e ver o sorriso no rostinho dos dois, é todo reconhecimento que eu preciso!




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